Melhor Tipo de Treino Para Perder Peso

Será o Exercício Físico semanal essencial para a redução do Sobrepeso e da Obesidade na População?

As diretrizes nacionais alemãs de atividade física especificam que adultos (≥18 anos) devem praticar pelo menos: (i) 150 min de atividade física aeróbica de intensidade moderada a vigorosa/semana (AFMV); e (ii) exercício de fortalecimento muscular (EMM) 2 dias/semana.

Nesse sentido, um estudo de Tittlbach et al. (2021) avaliou dados de 22.822 adultos para tentar comprovar se essas diretrizes estavam associadas a uma menor prevalência de sobrepeso/obesidade.

O estudo verificou que fazer pelo menos 150min de exercício aeróbio e 2x por semana de musculação reduz em 27% o risco de ter sobrepeso, 58% o risco de ter obesidade e 75% de risco de ter obesidade grau II (IMC > 35).

O cumprimento da diretriz combinada AFMV-EMM, conforme sugerido nas recomendações nacionais de atividade física alemã, mostrou a menor prevalência de sobrepeso/obesidade. A promoção da adesão e a aceitação da AFMV e EMM no nível da população pode ajudar a reduzir a carga de saúde pública da obesidade.

Ou seja, este estudo comprova que ter uma rotina semanal de exercício físico reduz o risco de obesidade e melhora a saúde da população.

Se ainda não iniciou essa rotina, está na altura de iniciar e relembro que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

Bons Treinos

DIETA VS EXERCICIO FISICO

Após a restrição de calorias, quais os benefícios de quem fez exercício e de quem não fez?

A restrição energética não só diminuiu o gasto calórico diário (redução do metabolismo basal) como induz ao declínio na oxidação de gordura durante a dieta, e como consequência essa redução de gordura contribuiu para a recuperação do peso.

Um estudo de Van Aggel-Leijssen et al. (2001) investigou o efeito do treino físico em pessoas obesas que estavam em restrição calórica, e o seu efeito na oxidação de gordura. Ambos os grupos tinham uma dieta restritiva, mas um dos grupos para além da dieta restritiva fazia treino de baixa intensidade. E concluíram que o grupo que realizava treino de baixa intensidade neutralizava o declínio na oxidação de gordura durante o período pós dieta.

Ou seja, pessoas que deixavam de fazer dieta (algo bastante comum nas pessoas que tentam perder peso) devido a realizarem exercício físico durante o processo de restrição calórico, conseguiam manter o nível de oxidação de gordura que tinham alcançado através do treino de baixa intensidade, imaginem o efeito se fosse em treinos de alta intensidade.

Deixo aqui o link para um estudo sobre o aumento da oxidação de gordura em individuo que optam pelo treino de alta intensidade. LINK

DIETA VS EXERCICIO FISICO

Será que o Treino apenas influência o gasto de energia, no processo de perda de peso?

Um estudo de Allman et al. (2109) estudou a influência do exercício no corpo.

Os resultados revelaram aumento de 12,5% no gasto energético de repouso após o treino e aumento do uso de gorduras. Mas será este o dado mais significativo do estudo.

O estudo demonstrou que antes do treino o gasto energético provinha 80.81% das gorduras e 19.19% dos hidratos de carbono, e após o treino o gasto energético proveniente das gorduras aumento para 90.61% de gorduras e diminuiu para 9,39% dos hidratos de carbono. Ou seja, mais importante que o aumento da taxa de metabolismo basal, é uma maior utilização da gordura do corpo como fonte de energia na recuperação muscular e detrimento dos hidratos de carbono.

Por isso, como já tínhamos visto no artigo anterior, o exercício ajuda a aumentar o consumo de energia diário, ajuda a aumenta o metabolismo basal, e também ajuda a aumentar a oxidação de gorduras pelo organismo.

Imaginemos agora que deixamos de treinar e de fazer dieta, quais os benefícios que o treino deixou no organismo?

Celulite o que é? Como Prevenir e Como Reduzir

A celulite é uma inflamação que acontece debaixo da pele e na camada de gordura. As células de gordura alojadas no corpo que não se dispõem uniformemente, mas sim de uma forma desigual, provocam o tal aspeto de casca de laranja e concentram-se mais nas ancas e nas coxas. Apesar de ser mais predominante nas mulheres não é exclusiva e pode surgir também nos homens, embora com uma prevalência menor.

Tem uma origem genética no sentido em que há pessoas com mais predisposição que outras para desenvolver a celulite, independentemente da quantidade da massa gorda que esse corpo tem.

A celulite está relacionada com as hormonas femininas, normalmente, a celulite tem por base uma grande retenção de líquidos, logo tudo o que leva à diminuição da retenção de líquidos é positivo para a diminuição da celulite e para a prevenção do seu aparecimento.

Não existem estratégias nutricionais especificas, mas a perda de gordura de forma generalizada e a tonificação muscular podem melhorar a condição

A prática de atividade física é fundamental porque ajuda a aumentar a massa muscular e a diminuir a gordura ajudando a eliminar líquidos em excesso e estimulando a circulação.

A celulite é muito potenciada pelo:  tabaco, má nutrição (excesso de açucares e gorduras más, consumo de refrigerantes), ingestão de alimentos processados; anticoncecionais hormonais especialmente os que contenham hormonas sintéticas que o nosso organismo não reconhece bem, o que leva a uma deposição de gordura nomeadamente nas ancas e coxas e a uma retenção de líquidos que proporciona a celulite.

Conselhos sobre a celulite: o maior número de hábitos saudáveis que em jovem/adolescente possam ter, podem influenciar de forma positiva o não aparecimento de celulite. É mais dificil retirar celulite, do que sua prevenção, por isso jogue sempre pelo seguro e previna. As pessoas que têm celulite só a têm porque têm tecido gordo, logo se ele diminuir, diminuirá, também, a celulite.

O exercício é essencial porque ajuda a aumentar a massa muscular e a diminuir a gordura ajudando a eliminar líquidos em excesso e estimulando a circulação, logo se ainda não iniciou uma rotina de exercício físico, nunca é tarde, mas lembre-se que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

A GORDURA VISCERAL será assim tão perigosa?

À medida que as pessoas passam para a meia-idade, a gordura corporal em relação ao peso corporal tende a aumentar – mais nas mulheres do que nos homens. À medida que a nossa cintura aumenta, também aumentam os riscos para a saúde.

A gordura abdominal, ou visceral, é particularmente preocupante porque é mais perigosa e acarreta mais problemas de saúde do que a gordura subcutânea.

A gordura visceral tem sido associada a:

  • Distúrbios metabólicos e aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
  • Nas mulheres, também está associado a alguns tipos de cancro: da mama, do cólon e do fígado.
  • A gordura visceral bombeia substâncias químicas do sistema imunológico chamadas citocinas – por exemplo, fator de necrose tumoral e interleucina – 6 – que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Acredita-se que esses e outros produtos bioquímicos tenham efeitos deletérios sobre a sensibilidade das células à insulina, pressão arterial e coagulação do sangue.
  • A gordura visceral está diretamente ligada ao colesterol total mais alto e ao colesterol LDL (mau), ao colesterol HDL (bom) mais baixo e à resistência à insulina.

Como se perde a gordura da barriga?

O ponto de partida para controlar o peso, em geral, e combater a gordura abdominal, em particular?

  • Atividade física regular de intensidade moderada – pelo menos 30 minutos por dia (e talvez até 60 minutos por dia) para controlar o peso e perder a gordura da barriga.
  • O treino de força (exercícios com pesos) também pode ajudar a combater a gordura abdominal. Exercícios pontuais, como abdominais, podem contrair os músculos abdominais, mas não atingem a gordura visceral.
  • A dieta também é importante. Preste atenção ao tamanho da porção e reduza os hidratos de carbono, carboidratos simples e opte pelos complexos (frutas, vegetais e grãos inteiros) e a proteína magra em vez dos hidratos simples, como pão branco, massa de grãos refinados e bebidas açucaradas. Substituir as gorduras saturadas e gorduras trans por gorduras poliinsaturadas também pode ajudar.

Não existem tratamentos médicos para reduzir a gordura visceral, as recomendações científicas enfatizam que o estilo de vida, especialmente o exercício físico, é a melhor maneira de combater a gordura visceral.

Tipos de gordura

Gordura não é apenas um lugar onde o nosso corpo despeja as calorias a mais que ingerimos. A gordura é um órgão (sim um órgão), que influencia o nosso organismo com a mesma preponderância que muitos órgãos.

Todas as pessoas têm gordura, até mesmo o Cristiano Ronaldo, pois nós necessitamos de gordura para sobreviver. O importante é perceber a diferença dos vários tipos de gordura, e mantê-los equilibrados com dieta e exercício físico.

Vamos ver os Tipos de gorduras que existem no nosso corpo e como elas influenciam o nosso organismo:

Gordura subcutânea; Esta gordura pode estar em qualquer lado e não apenas na nossa barriga e anca, mas também nos braços, pernas e até no rosto. Esta gordura armazena energia, gera a “adiponectina” uma hormona proteica que ajuda a regular a produção de insulina. Quanto mais gordos somos, menos adiponectina produzimos logo, o nosso corpo tem dificuldade em regular a insulina, aumentando o risco de doenças cardíacas e diabetes.

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Gordura Visceral; Situa-se na nossa barriga junto aos órgãos, preenchendo o espaço entre eles. A gordura visceral segrega proteínas inflamatórias (citocinas) que afetam a produção de insulina e aumentam a inflamação por todo o corpo, aumentando o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Para eliminar esta gordura é essencial uma dieta equilibrada, ingerindo proteína durante o dia, controlando a ingestão de hidratos de carbono e de gorduras. É também essencial praticar exercício físico

Gordura castanha (considerada “gordura boa”); Existe principalmente à volta do pescoço, clavícula e toráx. Durante muitos anos os investigadores pensavam que ela estava principalmente nas crianças para AS manter quentes e que desaparecia gradualmente durante a infância. Um grupo de investigadores da Universidade de Harvard, liderado por Ronald Kahn, descobriu que este tecido adiposo castanho não só subsiste no adulto como continua funcional, o que, segundo os investigadores abre uma via potencial no combate à obesidade. Mas os investigadores observaram também que este tipo de gordura identificada nos adultos se mostrava mais ativa no Inverno, quando está mais frio, mantendo a sua função de queimar calorias para produzir calor. Este tipo de gordura “boa” também era mais frequente nos adultos magros com taxas normais de glucose no sangue.

Nem toda a gordura é má, é necessário distinguir os vários tipos de gordura. Devemos equilibrar a gordura no nosso corpo, e para isso é essencial uma dieta equilibrada e exercício físico.

Faça já a sua avaliação física/corporal e saiba qual a gordura predominante no seu corpo.

Texto de João Martins