Nutrição Vs Dores Musculares Parte II

Será que a nutrição pode atenuar as dores musculares frequentes após os treinos.

Parte 2

Beterraba, Romã e Vitamina D

Um estudo de Tindaro Bongiovanni et. Al (2020)sobre “Intervenções nutricionais para reduzir os sinais e sintomas de lesão muscular induzida pelo exercício e acelerar a recuperação em atletas” comprovou que a toma pelos atletas de certas frutas como se fossem suplementos nutricionais, como a beterraba, a romã e outros que tenham mono hidratos de creatina e vitamina D, parecem ter um efeito profilático na redução das dores musculares induzidas pelo exercício físico devido ao seu teor rico em polifenóis pois conseguem atenuar a resposta inflamatória e melhorar a resposta antioxidante ao exercício.

Vitamina C

Num estudo de Natiele Camponogara Righi et. Al, (2020), tentou comprovar-se os efeitos da suplementação de vitamina C no stress oxidativo, marcadores inflamatórios, danos, dor e funcionalidade musculoesquelética após uma única sessão de exercício.

Nenhum efeito da suplementação de vitamina C foi encontrado na creatina quinase (CK), proteína C reativa (CRP), níveis de cortisol, dor muscular e força muscular.

Suplementar vitamina C com grandes doses (1 a 3g/dia), até pode ter um efeito agudo positivo na resposta inflamatória e stress oxidativo, mas sem grande efeito na diminuição da dor muscular e nunca deverá ser feito de forma crónica.

Creatina

A creatina pode ajudar na melhoria da performance e massa muscular e pode dar uma ajuda positiva na recuperação da força e função muscular, conseguindo melhorar a recuperação de glicogénio muscular.

Mas não influencia especificamente na redução das dores musculares induzidas pelo exercício físico.

Próximo artigo vamos revelar qual o mais recente “suplemento” nutricional para reduzir as dores musculares.

Sabia que …

Uma hora por dia em frente à TV aumenta o risco de sobrepeso em crianças.

Um estudo realizado nos EUA com crianças entre os 5 e 8 anos de idade mostra que um pequeno período de uma hora a ver televisão está associado a um maior risco de obesidade (47%), em relação aos que passam menos tempo em frente à televisão.

A conclusão contraria as diretrizes da American Academy of Pediatrics. A instituição recomenda que as crianças passem no máximo duas horas por dia em frente à televisão. Mark DeBoer, professor de pediatria e coordenador do estudo espera que os seus dados possam ajudar a mudar essa indicação até uma hora diária.

A obesidade infantil é um problema de saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2013, 42 milhões de crianças com menos de cinco anos estavam acima do peso.Entre as crianças portuguesas, a OMS apresenta os seguintes valores: com sete anos de idade 40,5% dos rapazes e 35,5% das raparigas têm excesso de peso. A obesidade, na mesma faixa etária, é menor, 16,7% e 12,6%, respetivamente.

É essencial estimular as crianças a realizarem atividade física e a serem mais ativas, o futuro delas agradece.

Texto de João Martins

Artigo Relacionado : Sabia que, estudo relaciona falta de sono e obesidade infantil

Sabia Que …

O consumo de bebidas light aumenta a circunferência abdominal em idosos

Um novo estudo publicado no Journal of the American Geriatrics Society, demonstra que a ingestão de refrigerantes light está diretamente ligada a um aumento da gordura abdominal em adultos com 65anos ou mais.

Estas descobertas levantam preocupações sobre a segurança do consumo crónico de bebidas light, pois o aumento da gordura abdominal aumenta o risco de síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.

Os autores do estudo recomendam às pessoas mais velhas que ingerem bebidas light diariamente que deixem de o fazer pois estão a ingerir bebidas adoçadas artificialmente.

Texto João Martins

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Grande Reportagem SIC, somos o que comemos

Grande Reportagem Interactiva “Somos o que comemos “

As mensagens e factos mais importantes desta excelente reportagem :

  • Adolescentes apresentam doenças de adultos – diabetes e colesterol elevado;
  • Uma criança de 10 meses pesava 21 kilos
  • A maior parte dos cancros são associados a má alimentação, entre outras doenças tais como, Diabetes tipo II, hipertensão arterial, aumento colesterol e aumento ácido úrico;
  • Crianças de 2 e 3 anos já comem doces todos dias;
  • Alimentação inadequada retira mais anos de vida saudável que o tabaco e as drogas;
  • As células gordas (adipocitos) que ganhamos em excesso na infância nunca mais perdemos;
  • Mãe diz “não vou jogar as fotos dele fora (como ele queria), para o meu filho se lembrar de como era em criança, para ele não fazer aos filhos dele o que eu fiz a ele”;
  • Há sempre tempo para reverter o processo;
  • Não se pode dissociar o exercício da alimentação;
  • Dois irmãos gémeos, comem praticamente o mesmo, mas um faz exercício e o outro não, o que faz exercício perdeu mais 15kg que o irmão que não faz. O irmão que não faz exercício diz “mas ele come mais vezes que eu” ;
  • Há transmissão da obesidade e adiposidade da mãe para o filho;
  • Houve uma redução da carga horário da disciplina de Educação fisica, e a disciplina deixou de contar para e média final de ano. Médico diz ” autentico desastre como estratégia de promoção da saúde” ;

Mais uma vez, parabéns a SIC pela grande reportagem. #somosoquecomemos

Texto João Martins

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Tipos de gordura

Gordura não é apenas um lugar onde o nosso corpo despeja as calorias a mais que ingerimos. A gordura é um órgão (sim um órgão), que influencia o nosso organismo com a mesma preponderância que muitos órgãos.

Todas as pessoas têm gordura, até mesmo o Cristiano Ronaldo, pois nós necessitamos de gordura para sobreviver. O importante é perceber a diferença dos vários tipos de gordura, e mantê-los equilibrados com dieta e exercício físico.

Vamos ver os Tipos de gorduras que existem no nosso corpo e como elas influenciam o nosso organismo:

Gordura subcutânea; Esta gordura pode estar em qualquer lado e não apenas na nossa barriga e anca, mas também nos braços, pernas e até no rosto. Esta gordura armazena energia, gera a “adiponectina” uma hormona proteica que ajuda a regular a produção de insulina. Quanto mais gordos somos, menos adiponectina produzimos logo, o nosso corpo tem dificuldade em regular a insulina, aumentando o risco de doenças cardíacas e diabetes.

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Gordura Visceral; Situa-se na nossa barriga junto aos órgãos, preenchendo o espaço entre eles. A gordura visceral segrega proteínas inflamatórias (citocinas) que afetam a produção de insulina e aumentam a inflamação por todo o corpo, aumentando o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Para eliminar esta gordura é essencial uma dieta equilibrada, ingerindo proteína durante o dia, controlando a ingestão de hidratos de carbono e de gorduras. É também essencial praticar exercício físico

Gordura castanha (considerada “gordura boa”); Existe principalmente à volta do pescoço, clavícula e toráx. Durante muitos anos os investigadores pensavam que ela estava principalmente nas crianças para AS manter quentes e que desaparecia gradualmente durante a infância. Um grupo de investigadores da Universidade de Harvard, liderado por Ronald Kahn, descobriu que este tecido adiposo castanho não só subsiste no adulto como continua funcional, o que, segundo os investigadores abre uma via potencial no combate à obesidade. Mas os investigadores observaram também que este tipo de gordura identificada nos adultos se mostrava mais ativa no Inverno, quando está mais frio, mantendo a sua função de queimar calorias para produzir calor. Este tipo de gordura “boa” também era mais frequente nos adultos magros com taxas normais de glucose no sangue.

Nem toda a gordura é má, é necessário distinguir os vários tipos de gordura. Devemos equilibrar a gordura no nosso corpo, e para isso é essencial uma dieta equilibrada e exercício físico.

Faça já a sua avaliação física/corporal e saiba qual a gordura predominante no seu corpo.

Texto de João Martins

Os maiores erros que as pessoas cometem quando querem perder peso.

Perder peso resume-se a algo muito simples, queimar mais calorias do que as que ingerimos, ou seja, comer menos e movermo-nos mais. Apesar de parecer assim tão fácil, não o é. Durante o processo de perda de peso as pessoas cometem muitos erros e, na maioria das vezes, nem se apercebem deles.

Vamos ver quais são os erros mais comuns:

Excesso de proteína e muita redução de HC; Ao reduzirmos muito a ingestão de hidratos de carbono, a proteína vai ser utilizada como fonte de energia, e se ingerirmos muita proteína, podemos reduzir energia a mais e essa energia vai ser armazenada em forma de gordura.

Pouca ingestão de legumes e fruta; Muitas pessoas comem poucas verduras e raramente chegam às 400gr de verduras aconselhadas a ingerir por dia pela Organização mundial de saúde. (artigo relacionado)

Não comem nada de manhã ou não tomam um bom pequeno-almoço; Estudos comprovam que tomar o pequeno-almoço acelera o metabolismo, enquanto o contrário, pode levá-lo a comer mais durante o resto do dia. Coloque sempre proteína no pequeno-almoço que, para além de saciar, diminui a fome e demora mais tempo a ser digerida. Assim, o nosso organismo vai gastando mais energia para digerir a proteína. (Saiba a importância de um bom pequeno almoço)

Valorizam demasiado a perda de peso; Estão constantemente a pesar-se e depois desanimam porque o peso não desce como elas queriam. Há outros aspetos a ter em conta na perda de peso como por exemplo a quantidade de gordura perdida, ganhos de massa muscular, volume corporal e percentagem de água no organismo.

Sempre a mesma rotina de exercício físico; Não é possível estarmos sempre a fazer os mesmos exercícios e esperar que o organismo gaste sempre a mesma energia. O nosso corpo adapta-se facilmente aos exercícios, precisando sempre e cada vez menos de energia para os executar, logo necessita variar a frequência, a intensidade e o tempo.

Muito cardio, poucos pesos; As pessoas fixam-se demasiado no cardio, ignorando os pesos e os exercícios com o próprio peso do corpo. O treino de força mantém o nosso metabolismo mais acelerado.

Evite estes erros e vai ver mais resultados.

Lembre-se que o processo de perda de peso não é um destino, mas sim uma viagem

Texto de João Martins

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