A demência e a influência que a atividade física e o exercício físico podem ter
Um novo estudo, intitulado “Associação do Contagem Diária de Passos e Intensidade com a Incidência de Demência publicado recentemente, acrescenta uma peça crucial ao quebra-cabeça da saúde cerebral, destacando a importância de algo tão simples quanto dar passos.
A demência é uma síndrome, não é uma doença, é uma condição devastadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, com um impacto significativo na qualidade de vida dos pessoas e dos seus familiares.
O estudo em questão analisou dados de mais de 78 mil adultos residentes no Reino Unido, com o objetivo de investigar a relação entre a contagem diária de passos, a intensidade da atividade física e o risco de desenvolver demência ao longo do tempo. Os resultados foram notáveis: indivíduos que tinham uma contagem diária de passos mais alta e se envolviam em atividades físicas de maior intensidade apresentavam um risco significativamente menor de desenvolver demência em comparação com aqueles que eram menos ativos.
Essas descobertas são consistentes com pesquisas anteriores que destacaram os benefícios da atividade física para a saúde cerebral. Acredita-se que o exercício regular possa proteger contra a demência de várias maneiras. Primeiramente, ele melhora a circulação sanguínea no cérebro, fornecendo nutrientes essenciais e eliminando toxinas prejudiciais. Além disso, o exercício pode reduzir a inflamação e o stress oxidativo, processos que estão implicados no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
Um aspecto interessante deste estudo é que ele não apenas considerou a contagem total de passos, mas também a intensidade da atividade física. Isso destaca a importância de não apenas se mover, mas também de se mover com vigor. Atividades de alta intensidade, como corrida, hiits, etc., podem proporcionar benefícios adicionais à saúde cerebral, além de simplesmente caminhar.
A mensagem principal deste estudo é clara: adotar um estilo de vida ativo pode ser uma estratégia poderosa na prevenção da demência. Mesmo pequenas mudanças, como caminhar mais durante o dia ou aumentar a intensidade dos exercícios, podem ter um impacto significativo na saúde cerebral a longo prazo. Se optar por fazer exercício físico deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.
O exercício pode proteger o seu cérebro, mesmo que tenha sinais de demência, revela um estudo
Um estudo publicado na Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, comprovou que o exercício físico aumenta os níveis de uma proteína conhecida por fortalecer a comunicação entre as células, mesmo para pessoas que já tenham sinais de demência.
Já sabemos que o exercício é essencial para todas as pessoas. Tem-se provado que fazer exercício melhora quase todos os órgãos do corpo, luta contra quase todas as doenças diagnosticadas pelos médicos e melhora quase todos os problemas de saúde com os quais talvez viva diariamente.
“Quanto maior a atividade física, maior o nível de proteínas sinápticas no tecido cerebral. Isto sugere que cada movimento conta, no que diz respeito à saúde cerebral”, diz Casaletto.
“Recomendamos cerca de 150 minutos semanais de atividade física. Estudos anteriores demonstraram que até mesmo andar reduz o risco de perda cognitiva”, acrescentou Casaletto.
Apesar do estudo não poder estabelecer uma relação de causa efeito, Casaletto olha de forma muito positiva para ele, e afirma que o “funcionamento sináptico pode ser um caminho através do qual a atividade física promove a saúde cerebral”.
Mais um estudo que comprova a importância do exercício físico na nossa vida, não só como prevenção de doenças, mas de uma melhor qualidade de vida.
E você, já faz exercício físico no mínimo 2 a 3 vezes por semana?
Senão deve começar a faze-lo, como pode ver pelo artigo, nunca é tarde para começar mas, para tal, deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.