A avaliação da composição corporal é importante na monitorização do progresso de um indivíduo ao longo do tempo.
A importância da avaliação precisa da composição corporal vai além da estética, tendo implicações significativas para a saúde geral, desempenho desportivo, e prevenção de doenças. Mesmo indivíduos com peso normal podem apresentar massa gorda excessiva, ou níveis de risco de gordura visceral. A mais nociva.
Através da avaliação da composição corporal conseguimos uma melhor e mais precisa compreensão do estado de saúde e da condição física do nosso cliente.
Exemplos:
- É crucial avaliar os níveis de gordura visceral, dado o seu impacto no aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, e outras condições cardiometabólicas.
- A monitorização da massa muscular é vital, especialmente em populações idosas, para prevenir a sarcopenia e suas consequências associadas, como quedas e fraturas
- No contexto desportivo, a otimização da composição corporal pode contribuir para a melhoria do desempenho, redução do risco de lesões, e aceleração da recuperação pós-exercício.
A monitorização da composição corporal é fundamental em programas de perda de peso, ganho de massa muscular ou reabilitação, permitindo ajustar intervenções nutricionais e de treino de forma personalizada e eficaz
Para atletas e treinadores a monotorização da composição corporal é essencial para ajustar intervenções nutricionais e programas de treino de forma personalizada e eficaz.
Faça já a sua avaliação da composição corporal, e trace o seu plano de acordo com os seus objetivos.
Se optar por iniciar um programa de exercício físico deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.
QUAIS OS HÁBITOS MAIS IMPORTANTES PARA UMA PERDA DE PESO MAIS EFICIENTE E PROLONGADA
Um estudo de Patrick Wilson (2016) que analisou o estilo de vida de pessoas que perderam peso a longo prazo, avaliou cerca de 8000 adultos entre 2009 e 2012. Nessa análise avaliou pessoas que perderam 10% do seu peso num ano ou mais, pessoas que perderam 10% em menos de um ano, e pessoas obesas que nunca perderam 10% ou mais do seu peso.
O estudo demonstrou que aqueles que perderem mais de 10% do seu peso corporal e o mantiveram durante mais de um ano, consumiram menos energia (kcal) e foram mais ativos do que os indivíduos com excesso de peso e obesos que nunca perderam peso de forma substancial.
Como tal, a restrição calórica equilibrada de todos os macronutrientes e a atividade física são comportamentos importantes para uma perda de peso bem-sucedida a longo prazo, na população em geral.
Curiosidades do estudo
A redução da ingestão de energia das pessoas que perderam peso e o mantiveram mais de um ano, decorreu de reduções em todos os 3 principais macronutrientes (hidratos de carbono, gordura, proteína, embora tenham existido pequenas diferenças estatisticamente significativas nos hidratos de carbono e na gordura), o que confirma que uma redução na ingestão geral de energia é um fator determinante e mais importante no processo de perda de peso do que a distribuição dos macronutrientes. estudo
No geral, estes dados sugerem que, na população em geral, as dietas com composições extremas de macronutrientes (por exemplo, muito baixo teor de hidratos de carbono e muito baixo teor de gordura) não são os meios mais comuns através dos quais os indivíduos conseguem manter uma perda de peso substancial ao longo de anos.
As pessoas que perderam mais peso e o mantiveram mais do que um ano relataram consumir mais água pura. Pesquisas recentes demonstraram que consumir mais água pode ser uma estratégia eficaz de perda de peso em algumas populações. estudo
Estas descobertas apoiam a noção de que uma restrição calórica modesta — que pode ser alcançada por intervenção individual, ou através de modificações no fornecimento de alimentos — e a participação contínua em atividades físicas são essenciais para manter a perda de peso para a maioria dos americanos.
QUAL É O EXERCÍCIO FÍSICO MAIS EFICAZ NA DIMINUIÇÃO DO RISCO DE MORTALIDADE
Um estudo de Min Zhao (2020) investigou a relação entre a atividade física e a mortalidade em adultos nos Estados Unidos. Os participantes foram acompanhados ao longo do tempo para examinar as taxas de mortalidade por todas as causas e causas específicas* em relação aos níveis de atividade física.
Os resultados destacaram uma associação inversa entre os níveis de atividade física e a mortalidade por todas as causas. Por outras palavras, aqueles que descreveram níveis mais altos de atividade física tiveram taxas mais baixas de mortalidade, em comparação com aqueles com níveis mais baixos de atividade física. Além disso, houve uma redução significativa nas taxas de mortalidade por causas específicas, como doenças cardiovasculares e cancro entre os participantes mais ativos.
Dentro dos tipos de treino, o estudo demonstrou que a musculação reduzia em cerca de 11% o risco de mortalidade, o treino aeróbio 29%, e a combinação dos dois treinos podia reduzir até cerca de 40% do risco de mortalidade.
Os resultados permitiram aos investigadores estabelecer recomendações mais específicas para a atividade física, mostrando que até mesmo atividades moderadas, como caminhar ou realizar tarefas domésticas, podem ter impactos positivos na saúde e na longevidade.
*Todas causam mortalidade e causam mortalidade específica (doenças cardiovasculares, cancro, doenças crônicas do trato respiratório inferior, acidentes e lesões, doença de Alzheimer, diabetes mellitus, gripe e pneumonia, nefrite E síndrome nefrótica ou nefrose) obtidas dos registos do Índice Nacional de Mortes.
SERÁ QUE A ATIVIDADE E O EXERCÍCIO FÍSICO PODERÃO DIMINUIR O RISCO DE MORTE DE VÁRIAS DOENÇAS?
O cumprimento das diretrizes semanais de exercícios foi associado a menor mortalidade por pneumonia e gripe, mostrou um estudo longitudinal com adultos nos EUA.
As diretrizes do Departamento de Saúde e Serviços Humanos recomendam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, juntamente com dois ou mais treinos de força.
Pessoas que cumpriram as diretrizes de atividade física aeróbica e de fortalecimento muscular tiveram um risco ajustado 48% menor de morte por pneumonia e gripe durante uma média de 9,2 anos de acompanhamento em comparação com aquelas que não cumpriram nenhuma das duas
Os investigadores concluíram que a redução da mortalidade se deve provavelmente ao facto de o exercício estar ligado à melhoria de várias condições de saúde, incluindo uma resposta imunitária reforçada. Afirmando que “a atividade física está associada à menor incidência de diversas comorbidades, incluindo acidente vascular cerebral e doença coronária, que aumentam o risco de mortalidade entre adultos hospitalizados com pneumonia adquirida na comunidade”, escreveram.
Os investigadores também encontraram um benefício na atividade aeróbica em níveis abaixo das recomendações das diretrizes, e um potencial problema nos níveis mais elevados de treino de força, de acordo com as suas descobertas. Como se costuma dizer tudo o que é demais não presta, logo quando for iniciar a prática de exercício físico deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.
A demência e a influência que a atividade física e o exercício físico podem ter
Um novo estudo, intitulado “Associação do Contagem Diária de Passos e Intensidade com a Incidência de Demência publicado recentemente, acrescenta uma peça crucial ao quebra-cabeça da saúde cerebral, destacando a importância de algo tão simples quanto dar passos.
A demência é uma síndrome, não é uma doença, é uma condição devastadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, com um impacto significativo na qualidade de vida dos pessoas e dos seus familiares.
O estudo em questão analisou dados de mais de 78 mil adultos residentes no Reino Unido, com o objetivo de investigar a relação entre a contagem diária de passos, a intensidade da atividade física e o risco de desenvolver demência ao longo do tempo. Os resultados foram notáveis: indivíduos que tinham uma contagem diária de passos mais alta e se envolviam em atividades físicas de maior intensidade apresentavam um risco significativamente menor de desenvolver demência em comparação com aqueles que eram menos ativos.
Essas descobertas são consistentes com pesquisas anteriores que destacaram os benefícios da atividade física para a saúde cerebral. Acredita-se que o exercício regular possa proteger contra a demência de várias maneiras. Primeiramente, ele melhora a circulação sanguínea no cérebro, fornecendo nutrientes essenciais e eliminando toxinas prejudiciais. Além disso, o exercício pode reduzir a inflamação e o stress oxidativo, processos que estão implicados no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
Um aspecto interessante deste estudo é que ele não apenas considerou a contagem total de passos, mas também a intensidade da atividade física. Isso destaca a importância de não apenas se mover, mas também de se mover com vigor. Atividades de alta intensidade, como corrida, hiits, etc., podem proporcionar benefícios adicionais à saúde cerebral, além de simplesmente caminhar.
A mensagem principal deste estudo é clara: adotar um estilo de vida ativo pode ser uma estratégia poderosa na prevenção da demência. Mesmo pequenas mudanças, como caminhar mais durante o dia ou aumentar a intensidade dos exercícios, podem ter um impacto significativo na saúde cerebral a longo prazo. Se optar por fazer exercício físico deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.
TEM DORES LOMBARES?
Saiba que a prática de musculação pode reduzir até 72% o quadro de dor lombar crônica.
A dor lombar crônica afeta certa de 18% da população mundial. Existem muitas opções de tratamento com exercícios, mas poucas intervenções utilizaram treino de resistência com pesos livres.
Um estudo de Neil Walch (2015) avaliou os efeitos de um protocolo de musculação com pesos livres sobre a dor e a infiltração de gordura na lombar.
Os resultados mostraram uma redução significativa na dor (72%) e redução na infiltração de gordura na região L3L4 e L4L5, além de um aumento de 18% no tempo de isometria durante o teste de resistência de força da musculatura lombar.
Os autores concluíram que a musculação com pesos livres gerou melhorias significativas no quadro de dor lombar crônica e deve ser considerada no tratamento e prevenção dessa patologia.