Exercício físico após vacinação de covid

Será que o exercício físico influencia negativamente o efeito de uma vacina?

Qual o profissional de Desporto que já ouviu, fui dar a vacina é melhor não treinar por uns dias.

Segundo um estudo recém-publicado por Marian L Kohut, et al (2022), que foi investigar os efeitos do exercício físico após a toma da vacina da gripe sazonal e da vacina da Covid-19, os participantes pedalaram uma bicicleta ergométrica ou fizeram uma caminhada rápida de uma hora e meia após receberem a vacina e concluíram que foram produzidos mais anticorpos nas quatro semanas seguintes em comparação com os participantes que se sentaram ou que continuaram com a sua rotina diária após a vacina.

Os investigadores disseram “que as descobertas do estudo podem beneficiar diretamente pessoas com uma variedade de níveis de condicionamento físico. Quase metade dos participantes da experiência tinham um IMC na categoria sobrepeso ou obesidade. Durante 90 minutos de exercício, eles mantiveram um ritmo que manteve a frequência cardíaca em torno de 120 a 140 batimentos por minuto, em vez da distância.

Em relação ao motivo pelo qual o exercício prolongado de intensidade leve a moderada pode melhorar a resposta imunológica do corpo, Kohut disse que pode haver várias razões: “Trabalhar fora aumenta o fluxo sanguíneo e linfático, o que ajuda a circular as células do sistema imunológico. À medida que essas células se movem pelo corpo, é mais provável que detetem algo estranho”.

Será que o ideal será, na próxima vacina que levar, ir logo fazer exercício? Já sabemos que isso importa, mas o mais importante é fazer sempre exercício físico, não só para atingir os seus objetivos (sejam eles quais forem) mas para ser mais saudável.

Relembro que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

Bons Treinos

HIIT VS TREINO AEROBIO

Qual o treino que beneficia mais a Saúde: HIIT ou Treino Aeróbio de Intensidade Moderada

Um estudo realizado por Fernando Gripp at, al (2021) em 22 indivíduos, investigou a saúde cardio metabólica de indivíduos com sobrepeso / obesos não treinados, em resposta a 8 semanas de HIIT (treino intervalado de Alta Intensidade) e Treino Aeróbio de Intensidade moderada (MCIT).

O treino de HIIT melhorou oito indicadores de saúde cardiometabólica (VO2max, IMC, gordura corporal, gordura visceral, pressão arterial sistólica, colesterol total, glicose em jejum e triglicerideos – p <0,05) enquanto MICT apenas três (VO2max, IMC e gordura visceral – p <0,05 ). Após 4 semanas sem treino, observou-se que quatro adaptações positivas do HIIT foram afetadas negativamente (VO2max, gordura visceral, pressão arterial sistólica e colesterol total – p <0,05) e três no grupo MICT (VO2max, IMC e gordura visceral, p <0,05).

O estudo concluiu que em oito semanas de HIIT realizadas em ambiente real promoveram um maior número de adaptações positivas na saúde cardiometabólica de indivíduos com sobrepeso / obesidade em comparação ao MICT. A maioria dos efeitos positivos do protocolo HIIT também foi considerada mais duradoura e mantida após a suspensão da corrida intervalada de alta intensidade por 4 semanas. Por outro lado, todos os efeitos positivos dos protocolos MICT foram revertidos após o término dos treinos.

O estudo demonstra que o treino HIIT tem mais benefícios não só durante a sua realização, mas também que os seus efeitos positivos são mais duradouros, quando os treinos são suspensos.

Relembro que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado. Bons Treinos

FAZER ATIVIDADE FÍSICA FORA DO “GINÁSIO” PODERÁ POTENCIAR OS RESULTADOS DOS SEUS TREINOS?

Será que a atividade física em conjunto com o treino no ginásio irá potenciar ou não os resultados antropométricos e físicos

Vários estudos epidemiológicos sugerem que o comportamento sedentário é um fator de risco independente para mortalidade cardiovascular, mesmo para pessoas que cumpram as diretrizes de atividade física.

Num estudo, Swift et al. (2021), foram avaliar o efeito combinado do treino aeróbico e o aumento da atividade física sem exercício na composição corporal e fatores de risco cardiometabólicos. Neste estudo eles acompanharam 45 pessoas obesas (fator de risco cardiovascular) durante 6 meses. Um grupo fazia 3 a 4 sessões de treino aeróbio na passadeira com supervisão, outro grupo fez o mesmo treino, mas recebia orientações para aumentar a atividade física fora do ginásio, mínimo de 3000 passos por dia, e usaram acelerômetros Fitbit One para registar esse comportamento fora do ginásio. E houve um grupo de controle que não fez nem aeróbio nem atividade física fora do ginásio.

Os resultados foram: o grupo que fez ginásio e atividade física fora do ginásio teve uma redução significativa na circunferência abdominal, no peso, na percentagem de gordura, na capacidade aeróbia no metabolismo da glicose e na redução do colesterol não HDL.

Este estudo conclui que a atividade física em complemento com o treino de ginásio aeróbio representa uma estratégia viável para melhorar a capacidade física e vários indicadores de saúde, entre eles o fator de risco de mortalidade cardiovascular

O meu conselho é, só atividade física fora do ginásio não tem resultados na perda de gordura e peso (como este artigo comprova), por isso, o ideal é fazer treino no ginásio respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado, e fazer atividade física fora do ginásio para promover ainda mais ganhos ao nível do resultados antropométricos e físico.

Bons treinos

Qual o melhor horário para treinar

Antes de analisarmos os resultados do estudo em causa devemos relembrar que o mais importante é treinar, ou seja, não faça do horário uma desculpa para não treinar, treinar quando puder, será sempre melhor do que não treinar.

O estudo de Chtourou & Souissi (2012) foca-se na performance física após o treino num horário específico do dia.  Neste estudo analisaram os efeitos do ritmo circadiano e verificaram que, no caso das atividades de alta intensidade e curta duração, o desempenho é menor durante a manhã (entre as 6 e as 10 horas) e máximo no período da tarde/noite (entre as 16 e as 20 horas), com as diferenças a situarem-se entre 3 e 21,2%. Em relação a atividades moderadas e de longa duração o estudo não demonstra uma grande alteração, diferenças de VO2Max de 1 a 3,8%.

Por isso, se faz treinos moderados e de longa duração não se preocupe com o horário que treina, pois a influência da hora do dia pouco ou nada influencia. Se faz treinos de alta intensidade e curta duração, de força e/ou potência o horário ideal será no final da tarde, início da noite.

Vou concluir da mesma forma que iniciei o artigo, o mais importante é treinar, mas, caso seja atleta competidor, principalmente, de desportos de grande intensidade e curta duração, poderá ter benefício em treinar no final da tarde, início da noite.

Lembre-se que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.