DIETA VS EXERCICIO FISICO

Será que o Treino apenas influência o gasto de energia, no processo de perda de peso?

Um estudo de Allman et al. (2109) estudou a influência do exercício no corpo.

Os resultados revelaram aumento de 12,5% no gasto energético de repouso após o treino e aumento do uso de gorduras. Mas será este o dado mais significativo do estudo.

O estudo demonstrou que antes do treino o gasto energético provinha 80.81% das gorduras e 19.19% dos hidratos de carbono, e após o treino o gasto energético proveniente das gorduras aumento para 90.61% de gorduras e diminuiu para 9,39% dos hidratos de carbono. Ou seja, mais importante que o aumento da taxa de metabolismo basal, é uma maior utilização da gordura do corpo como fonte de energia na recuperação muscular e detrimento dos hidratos de carbono.

Por isso, como já tínhamos visto no artigo anterior, o exercício ajuda a aumentar o consumo de energia diário, ajuda a aumenta o metabolismo basal, e também ajuda a aumentar a oxidação de gorduras pelo organismo.

Imaginemos agora que deixamos de treinar e de fazer dieta, quais os benefícios que o treino deixou no organismo?

Pouco tempo para treinar?

Será que com 30m de treino consigo ter resultados significativos?

Num estudo realizado por João Pedro A Naves et al, 2018, foram testados os resultados de treino de cerca de 30m três vezes por semana durante 8 semanas em mulheres jovens saudáveis, utilizando o método High-Intensity Interval Training (HIIT), e o método Sprint Interval Training (SIT). Não houve alteração na dieta das pessoas.

Passadas 8 semanas ambos os grupos (HIIT e SIT), melhoraram nas medidas antropométricas e na aptidão cardiorrespiratórias, tendo no grupo SIT maiores reduções na soma das dobras cutâneas.

Por isso com treinos de 30m por sessão os resultados apareceram mesmo sem alterar a alimentação.

Este estudo comprova que o tempo não deve ser uma desculpa para não treinarmos, importa mais a qualidade do treino do que o tempo de treino.

Se ainda não treina está na altura de começar e deixar as desculpas de lado para tal, deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

 

Exercício físico após vacinação de covid

Será que o exercício físico influencia negativamente o efeito de uma vacina?

Qual o profissional de Desporto que já ouviu, fui dar a vacina é melhor não treinar por uns dias.

Segundo um estudo recém-publicado por Marian L Kohut, et al (2022), que foi investigar os efeitos do exercício físico após a toma da vacina da gripe sazonal e da vacina da Covid-19, os participantes pedalaram uma bicicleta ergométrica ou fizeram uma caminhada rápida de uma hora e meia após receberem a vacina e concluíram que foram produzidos mais anticorpos nas quatro semanas seguintes em comparação com os participantes que se sentaram ou que continuaram com a sua rotina diária após a vacina.

Os investigadores disseram “que as descobertas do estudo podem beneficiar diretamente pessoas com uma variedade de níveis de condicionamento físico. Quase metade dos participantes da experiência tinham um IMC na categoria sobrepeso ou obesidade. Durante 90 minutos de exercício, eles mantiveram um ritmo que manteve a frequência cardíaca em torno de 120 a 140 batimentos por minuto, em vez da distância.

Em relação ao motivo pelo qual o exercício prolongado de intensidade leve a moderada pode melhorar a resposta imunológica do corpo, Kohut disse que pode haver várias razões: “Trabalhar fora aumenta o fluxo sanguíneo e linfático, o que ajuda a circular as células do sistema imunológico. À medida que essas células se movem pelo corpo, é mais provável que detetem algo estranho”.

Será que o ideal será, na próxima vacina que levar, ir logo fazer exercício? Já sabemos que isso importa, mas o mais importante é fazer sempre exercício físico, não só para atingir os seus objetivos (sejam eles quais forem) mas para ser mais saudável.

Relembro que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

Bons Treinos

Treino de Velocidade nos Desportos Coletivos

Várias definições de VELOCIDADE:

  • Velocidade (V) define-se tradicionalmente como a capacidade de executar ações motoras no mais breve tempo possível.
  • Jogador mais rápido será aquele que percebe, pensa e age mais depressa e melhor.
  • Poderíamos definir a Velocidade como a: capacidade da equipa/jogador resolver eficazmente, com elevado ritmo/cadência de intervenção as tarefas/objetivos próprias de cada fase/subfase do jogo.

Nos DC, a V deve entender-se numa perspetiva mais ampla, complexa e multifatorial, dependendo de aspetos organizativos ou táticos, relacionados com o ritmo/cadência que as equipas/jogadores operam para resolver, de forma coordenada, no tempo e no espaço, os problemas resultantes dos diferentes acontecimentos de jogo.

Treino de velocidade para desportos coletivos de pavilhão (por exemplo basquetebol ou futsal) deve focar-se em distâncias curtas, entre dez e quinze metros, com o objetivo de aumentar a potência e diminuir o número de passos para a respetiva distância (Boyle, 2012a; P. G. Weyand et al., 2000).

Aspetos a ter em conta no treino de velocidade

  • Saltos verticais e horizontais, tanto bilaterais como unilaterais, são ótimos meios de aprimorar a aceleração linear (Gonzalo-Skok et al., 2018; Wisloff et al. 2004).
  • Para desenvolver muscularmente a aceleração, exercícios de sobrecarga no sentido horizontal, exigindo ao atleta empurrar o chão para trás, são muito eficientes;
  • Para treinar a aceleração multidirecional, deve-se pensar em como as várias acelerações acontecem dentro do jogo, para que possamos estimular no treino o que será exigido no momento do jogo.

Em termos de periodização, o treino da velocidade varia consoante a faixa etária dos atletas. Entre os 13 e os 17 anos, deve manter-se a velocidade de reação, desenvolver-se o sistema energético, anaeróbio e alático e, gradualmente, implementarem-se programas de fortalecimento muscular. A partir dos 18 anos de idade, os jogadores devem ser capazes de utilizar a sua velocidade geral, apropriadamente, em jogo, desenvolvendo-a através de adaptações específicas conseguidas pelo treino de força (Teodor, 2018).

O treino de velocidade é muito importante em qualquer desporto coletivo (e mesmo individual), tem muitas variáveis a ter em conta e é necessário um bom planeamento para podermos retirar o máximo potencial dos atletas. Como tal, deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado

Exercício Físico e sintomas da MenoPausa, há ou não melhorias nos sintomas

Fale com uma mulher que esteja na menopausa e provavelmente ouvirá reclamações sobre calores, retenção de líquidos e incapacidade de perder peso, especialmente a gordura da barriga. Um novo estudo mostra como o exercício regular pode ajudar a reduzir o peso e controlar sintomas incômodos, como os calores, mesmo em mulheres que levavam estilos de vida sedentários.

A redução dos níveis de estrogênio e progesterona durante a transição da menopausa cria, geralmente, uma série de problemas de saúde física e mental que prejudicam a qualidade de vida geral da mulher.

Os resultados do estudo publicados online no jornal da The North American Menopause Society (NAMS) comprovaram que as participantes sentiram mudanças positivas na saúde física e mental a curto e longo prazo, incluindo melhorias significativas na aptidão cardiovascular e flexibilidade. Além disso, alcançaram reduções modestas, mas significativas no peso e índice de massa corporal e os seus calores foram gerenciados de forma eficaz. Esta é uma boa notícia especialmente para mulheres que evitam usar hormonas para controlar os sintomas da menopausa e procuram opções não farmacológicas seguras, mas eficazes, sem efeitos adversos.

“Cada vez mais evidências indicam que um estilo de vida ativo, com exercícios regulares, melhora a saúde, a qualidade de vida e o condicionamento físico em mulheres na pós-menopausa”, disse a Dra. Joann Pinkerton, diretora executiva da NAMS.

Esteja ou não na fase da menopausa, treine e faça exercício físico, os benefícios são, não só durante a fase da menopausa, como em qualquer outra fase. Lembre-se que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

Bons Treinos

FACTO SOBRE A DOR LOMBAR

“80% das pessoas terão dores nas costas ao longo da sua vida “

Em cada dez pessoas, oito terão dores nas costas ao longo da vida, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na maioria das vezes, essas dores não têm uma causa específica, mas também podem ser provocadas por hérnias discais, estenoses, tendinites, listeses, artrite reumatoide, entre outras doenças.

Crenças inúteis em torno da dor nas costas são abundantes na educação física, desporto, fitness, nas redes sociais, TV, etc. , o que reforça os maus hábitos e estratégias de gestão incorretas. Foi fortemente comprovado que as crenças inúteis levam a níveis maiores de dor, incapacidade, níveis mais baixos de produtividade, uso de opiáceos e excesso de medicação.

Um estudo de O’Sullivan et al 2019 focou-se nos factos e não nos mitos .

É sempre fácil focar nos mitos e por que eles estão errados, o mito é o centro das atenções dando-lhes mais atenção em vez de os dissipar.

Como tal, ficam aqui 10 factos sobre a dor LOMBAR:

  • Dor Lombar não é uma condição médica séria com risco de vida;
  • A maioria dos episódios de dor lombar melhora e a lombalgia não piora à medida que envelhecemos;
  • Uma mentalidade negativa, comportamento de evitar o medo, expectativas de recuperação negativas e comportamentos insatisfatórios de enfrentamento da dor estão mais fortemente associados à dor persistente do que a danos nos tecidos.
  • As radiografias não determinam o prognóstico do episódio atual de lombalgia, a probabilidade de deficiência lombar no futuro e não melhoram os resultados clínicos da lombalgia.
  • O exercício gradual e o movimento em todas as direções são seguros e saudáveis para a coluna.
  • A postura da coluna durante a posição sentada, em pé e ao levantar não prediz lombalgia ou a sua persistência.
  • Um “CORE” fraco não causa lombalgia, e algumas pessoas com lombalgia tendem a sobrecarregar seus músculos abdominais. Embora seja bom manter os músculos do tronco fortes, também é útil relaxá-los quando não forem necessários.
  • O movimento e a carga sobre a coluna são seguros e criam resiliência estrutural quando são classificados.
  • Os surtos de dor estão mais relacionados com mudanças na atividade, stresse e humor do que com danos estruturais.
  • O cuidado eficaz para a dor lombar é relativamente barato e seguro. Inclui: educação, que é centrada no paciente e promove uma mentalidade positiva e treinar as pessoas para otimizar a sua saúde física e mental (como por exemplo participar de atividades físicas e sociais, fazer exercício, ter hábitos de sono saudáveis e manter um peso corporal também saudável e permanecer no seu emprego).

Como podem ver, a dor lombar faz parte da nossa vida e não é nem um risco para a nossa vida nem deve ser um factor limitativo na nossa vida. E o exercício tem um papel fundamental para prevenir e melhorar a dor lombalgica.

Se ainda não faz exercício físico está na altura e lembre-se que deve sempre treinar respeitando a sua individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado