Praticar mais exercício físico que as guidelines atuais pode reduzir ainda mais o risco de morte

Um estudo, publicado na segunda-feira na revista Circulation da American Heart Association, mostrou que as pessoas que seguiram as diretrizes mínimas para a atividade física moderada (150-300 minutos/semana) ou vigorosa (75 a 150 minutos por semana), a longo termo, reduziram o risco de morte por qualquer causa até 21%. Mas os adultos que fizeram exercício físico duas a quatro vezes mais do que o mínimo recomendado, podem reduzir o risco de mortalidade até 31%.

No estudo, a atividade física moderada foi definida como caminhada, exercício de baixa intensidade, levantamento de pesos e exercícios com peso do corpo. As atividades vigorosas incluíam corrida, jogging, natação, ciclismo e outros exercícios aeróbicos.

Esta descoberta pode reduzir as preocupações em torno do potencial efeito prejudicial da prática de níveis elevados de atividade física observados em vários estudos anteriores” disse Lee um dos investigadores.

Cada vez mais o exercício físico é visto como um ótimo medicamento para a prevenção de doenças, e para reduzir o risco de morte. Seja mais saudável e viva mais.

Se optar por iniciar um programa de exercício físico deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

QUAL É O EXERCÍCIO FÍSICO MAIS EFICAZ NA DIMINUIÇÃO DO RISCO DE MORTALIDADE

Um estudo de Min Zhao (2020) investigou a relação entre a atividade física e a mortalidade em adultos nos Estados Unidos. Os participantes foram acompanhados ao longo do tempo para examinar as taxas de mortalidade por todas as causas e causas específicas* em relação aos níveis de atividade física.

Os resultados destacaram uma associação inversa entre os níveis de atividade física e a mortalidade por todas as causas. Por outras palavras, aqueles que descreveram níveis mais altos de atividade física tiveram taxas mais baixas de mortalidade, em comparação com aqueles com níveis mais baixos de atividade física. Além disso, houve uma redução significativa nas taxas de mortalidade por causas específicas, como doenças cardiovasculares e cancro entre os participantes mais ativos.

Dentro dos tipos de treino, o estudo demonstrou que a musculação reduzia em cerca de 11% o risco de mortalidade, o treino aeróbio 29%, e a combinação dos dois treinos podia reduzir até cerca de 40% do risco de mortalidade.

Os resultados permitiram aos investigadores estabelecer recomendações mais específicas para a atividade física, mostrando que até mesmo atividades moderadas, como caminhar ou realizar tarefas domésticas, podem ter impactos positivos na saúde e na longevidade.

*Todas causam mortalidade e causam mortalidade específica (doenças cardiovasculares, cancro, doenças crônicas do trato respiratório inferior, acidentes e lesões, doença de Alzheimer, diabetes mellitus, gripe e pneumonia, nefrite E síndrome nefrótica ou nefrose) obtidas dos registos do Índice Nacional de Mortes.