MÚSCULOS FRACOS AUMENTAM O RISCO DE LESÃO NO JOELHO?
É muito comum com a idade (e não só) o aparecimento de dores no joelho que podem estar associadas a lesões na cartilagem das articulações dos joelhos e dos tecidos circundantes, mas também a idade e o desgaste do dia a dia podem contribuir para isso. Estas dores denominam-se Osteoartrite.
Será que podemos evitar o aparecimento da Osteoartrite? Será que o exercício tem um papel importante na diminuição de risco da osteoartrite?
Uma meta análise realizada por Britt Elin Øiestad et al, (2022), com estudos longitudinais com, pelo menos 2 anos de acompanhamento e cerca de 46.819 participantes, teve como objetivo verificar se havia associação entre a fraqueza muscular extensora do joelho e o risco de ocorrência de osteoartrite de joelho em mulheres e homens.
De acordo com os resultados, um homem com quadríceps fraco tem um risco 43% maior de desenvolver osteoartrite sintomática. Nas mulheres, os resultados foram piores, com aumento de 85% do risco.
Ou seja, pessoas com menos massa muscular têm mais risco de ter osteoartrite, como tal deve usar o exercício físico como estratégia preventiva para reduzir o risco do aparecimento de osteoartrite, e mesmo terapêutica para diminuir os sintomas e prevenir o seu aumento
Não tenha medo de realizar exercício físico, nunca é tarde para iniciar uma rotina de treinos/exercício físico, mas lembre-se que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.
Pouco tempo para treinar?
Será que com 30m de treino consigo ter resultados significativos?
Num estudo realizado por João Pedro A Naves et al, 2018, foram testados os resultados de treino de cerca de 30m três vezes por semana durante 8 semanas em mulheres jovens saudáveis, utilizando o método High-Intensity Interval Training (HIIT), e o método Sprint Interval Training (SIT). Não houve alteração na dieta das pessoas.
Passadas 8 semanas ambos os grupos (HIIT e SIT), melhoraram nas medidas antropométricas e na aptidão cardiorrespiratórias, tendo no grupo SIT maiores reduções na soma das dobras cutâneas.
Por isso com treinos de 30m por sessão os resultados apareceram mesmo sem alterar a alimentação.
Este estudo comprova que o tempo não deve ser uma desculpa para não treinarmos, importa mais a qualidade do treino do que o tempo de treino.
Se ainda não treina está na altura de começar e deixar as desculpas de lado para tal, deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.
EXERCÍCIO FÍSICO RESISTIDO DURANTE A GRAVIDEZ, SIM OU NÃO?
As diretrizes de exercícios recomendam a incorporação do exercício resistido (ER) num programa regular de treino aeróbico durante a gravidez. O exercício traz inúmeros benefícios para as grávidas: melhora a recuperação do parto, aumenta a função antioxidante, previne diabetes gestacional, reduz a incidência de depressão, reduz dores, melhora circulação, previne e trata diástase, etc. Mas hoje em dia continua ainda a ser um tabu, com o medo que possa fazer mal à mãe e à criança. Aliás, o principal motivo para as grávidas não fazerem exercício durante a gravidez é por acharem que faz mal ao bebé.
Um estudo realizado por Meah et al. (2021) feito a 15 mulheres grávidas e 15 não grávidas, comparou as respostas cardiovasculares nestes dois grupos. Os resultados foram débito cardíaco de repouso, frequência cardíaca e volume sistólico maiores nas grávidas e nenhuma diferença na pressão arterial. Em relação ao exercício não foram encontrados efeitos colaterais em nenhuma grávida, além de não haver qualquer diferença nas alterações entre mulheres grávidas e não grávidas.
Este estudo não só comprova que é seguro fazer exercício físico durante a gravidez, como também aconselha a ser realizado, sem nunca esquecer que o treino para grávidas exige conhecimentos específicos e adaptações específicas de alguns exercícios.
Para tal deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.
Bons Treinos
Exercícios Físico será um aliado da Fibromialgia?
A fibromialgia (FM) atinge entre 2% a 8% da população, em particular as mulheres. É uma doença crónica, silenciosa, que diminui imenso a qualidade de vida.
A fibromialgia (FM) é caracterizada por um aumento da sensibilidade à dor, por uma dor persistente e generalizada por todo o corpo sem que haja um motivo para isso. Outros sintomas são fadiga generalizada, ansiedade, depressão, perda de energia para realizar ações do dia a dia, perturbações do sono etc.
Será o exercício físico um aliado desta doença crónica silenciosa?
O objetivo do estudo de Anette Larsson, et al, 2015 foi examinar os efeitos de um programa de exercícios de resistência progressiva na força muscular, estado de saúde e intensidade da dor atual em mulheres com FM.
Os resultados indicam que “o exercício resistido progressivo, centrado na pessoa, mostrou-se um modo viável de exercício para mulheres com FM, melhorando a força muscular, o estado de saúde e a intensidade da dor atual quando avaliado imediatamente após a intervenção. Outros estudos publicados no PUBMED apoiam o treino aeróbico e de força para melhorar a aptidão física e a função, reduzir os sintomas da fibromialgia e melhorar a qualidade de vida.
O exercício físico é um aliado importante na gestão da dor e na melhoria da qualidade de vida em pessoas com fibromialgia.
Relembro que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.
Bons Treinos
Exercício físico após vacinação de covid
Será que o exercício físico influencia negativamente o efeito de uma vacina?
Qual o profissional de Desporto que já ouviu, fui dar a vacina é melhor não treinar por uns dias.
Segundo um estudo recém-publicado por Marian L Kohut, et al (2022), que foi investigar os efeitos do exercício físico após a toma da vacina da gripe sazonal e da vacina da Covid-19, os participantes pedalaram uma bicicleta ergométrica ou fizeram uma caminhada rápida de uma hora e meia após receberem a vacina e concluíram que foram produzidos mais anticorpos nas quatro semanas seguintes em comparação com os participantes que se sentaram ou que continuaram com a sua rotina diária após a vacina.
Os investigadores disseram “que as descobertas do estudo podem beneficiar diretamente pessoas com uma variedade de níveis de condicionamento físico. Quase metade dos participantes da experiência tinham um IMC na categoria sobrepeso ou obesidade. Durante 90 minutos de exercício, eles mantiveram um ritmo que manteve a frequência cardíaca em torno de 120 a 140 batimentos por minuto, em vez da distância.
Em relação ao motivo pelo qual o exercício prolongado de intensidade leve a moderada pode melhorar a resposta imunológica do corpo, Kohut disse que pode haver várias razões: “Trabalhar fora aumenta o fluxo sanguíneo e linfático, o que ajuda a circular as células do sistema imunológico. À medida que essas células se movem pelo corpo, é mais provável que detetem algo estranho”.
Será que o ideal será, na próxima vacina que levar, ir logo fazer exercício? Já sabemos que isso importa, mas o mais importante é fazer sempre exercício físico, não só para atingir os seus objetivos (sejam eles quais forem) mas para ser mais saudável.
Relembro que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.
Bons Treinos
HIIT VS TREINO AEROBIO
Qual o treino que beneficia mais a Saúde: HIIT ou Treino Aeróbio de Intensidade Moderada
Um estudo realizado por Fernando Gripp at, al (2021) em 22 indivíduos, investigou a saúde cardio metabólica de indivíduos com sobrepeso / obesos não treinados, em resposta a 8 semanas de HIIT (treino intervalado de Alta Intensidade) e Treino Aeróbio de Intensidade moderada (MCIT).
O treino de HIIT melhorou oito indicadores de saúde cardiometabólica (VO2max, IMC, gordura corporal, gordura visceral, pressão arterial sistólica, colesterol total, glicose em jejum e triglicerideos – p <0,05) enquanto MICT apenas três (VO2max, IMC e gordura visceral – p <0,05 ). Após 4 semanas sem treino, observou-se que quatro adaptações positivas do HIIT foram afetadas negativamente (VO2max, gordura visceral, pressão arterial sistólica e colesterol total – p <0,05) e três no grupo MICT (VO2max, IMC e gordura visceral, p <0,05).
O estudo concluiu que em oito semanas de HIIT realizadas em ambiente real promoveram um maior número de adaptações positivas na saúde cardiometabólica de indivíduos com sobrepeso / obesidade em comparação ao MICT. A maioria dos efeitos positivos do protocolo HIIT também foi considerada mais duradoura e mantida após a suspensão da corrida intervalada de alta intensidade por 4 semanas. Por outro lado, todos os efeitos positivos dos protocolos MICT foram revertidos após o término dos treinos.
O estudo demonstra que o treino HIIT tem mais benefícios não só durante a sua realização, mas também que os seus efeitos positivos são mais duradouros, quando os treinos são suspensos.
Relembro que deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado. Bons Treinos