Praticar mais exercício físico que as guidelines atuais pode reduzir ainda mais o risco de morte

Um estudo, publicado na segunda-feira na revista Circulation da American Heart Association, mostrou que as pessoas que seguiram as diretrizes mínimas para a atividade física moderada (150-300 minutos/semana) ou vigorosa (75 a 150 minutos por semana), a longo termo, reduziram o risco de morte por qualquer causa até 21%. Mas os adultos que fizeram exercício físico duas a quatro vezes mais do que o mínimo recomendado, podem reduzir o risco de mortalidade até 31%.

No estudo, a atividade física moderada foi definida como caminhada, exercício de baixa intensidade, levantamento de pesos e exercícios com peso do corpo. As atividades vigorosas incluíam corrida, jogging, natação, ciclismo e outros exercícios aeróbicos.

Esta descoberta pode reduzir as preocupações em torno do potencial efeito prejudicial da prática de níveis elevados de atividade física observados em vários estudos anteriores” disse Lee um dos investigadores.

Cada vez mais o exercício físico é visto como um ótimo medicamento para a prevenção de doenças, e para reduzir o risco de morte. Seja mais saudável e viva mais.

Se optar por iniciar um programa de exercício físico deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

BEBER ÁGUA – UM HÁBITO SIMPLES, MAS MUITO IMPORTANTE

Há um comportamento frequente, que é muitas vezes esquecido, quando pensamos em melhorar a nossa saúde, ou mesmo atingir determinados objetivos. A hidratação adequada é essencial para o funcionamento do organismo e pode prevenir diversas doenças, retardar o envelhecimento e garantir uma vida mais saudável e longa.

Um estudo publicado no National Institutes of Health (NIH) indica que pessoas bem hidratadas apresentam menor incidência de hipertensão, diabetes tipo 2 e doenças renais. A água também ajuda na manutenção do peso, pois promove saciedade e auxilia no metabolismo, prevenindo a obesidade, fator de risco para diversas doenças que reduzem a expectativa de vida.

Outro estudo, publicado Journal of Human Nutrition and Dietetics, realizado por investigadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, diz que o aumento de um a três copos no consumo diário de água já ajuda a reduzir entre 68 a 205 calorias por dia. Os níveis de gordura saturada, sal, açúcar e colesterol consumidos também caíram.

Alguns sinais que podem estar associados a desidratação, ou falta de ingestão de água são cansaço, dores de cabeça, tonturas. A pouca ingestão de água também torna o sangue mais espesso aumentando o risco de hipertensão e outras doenças cardiovasculares.

Algumas estratégias podem ajudar a aumentar o consumo de água diariamente:

  • Andar sempre com uma garrafa de água – Ter uma garrafa por perto facilita o consumo ao longo do dia.
  • Estabeleça metas diárias de ingestão de água – Aplicativos e lembretes podem ajudar a criar o hábito.
  • Adicione sabor natural – Rodelas de limão, hortelã ou gengibre podem tornar a água mais agradável.
  • Beba um copo de água antes das refeições – Isso auxilia na digestão e na saciedade.

Em jeito de conclusão, beber água é um hábito simples, mas extremamente poderoso. Manter-se hidratado melhora a função do organismo, fortalece o cérebro, previne doenças e pode acrescentar anos de vida. Pequenas mudanças no dia a dia, como beber mais água regularmente, podem fazer toda a diferença na saúde e na longevidade.

MUITO TEMPO SENTADO ESTÁ ASSOCIADO AO AUMENTO DO RISCO DE MORTE

Mesmo entre as pessoas que atingiram os níveis recomendados de exercício.

De acordo com um estudo publicado no JACC, a principal revista do Colégio Americano de Cardiologia e apresentado nas Sessões Científicas da American Heart Association de 2024, mais de 10 horas e meia de comportamento sedentário por dia foram significativamente associadas a futuras insuficiências cardíacas (IC) e morte cardiovascular (CV), mesmo entre as pessoas que atingiram os níveis recomendados de exercício.

Este estudo examinou a quantidade de tempo sedentário em que o risco de DCV é maior e explorou como o comportamento sedentário e a atividade física, em conjunto, impactam as probabilidades de fibrilhação auricular (FA), insuficiência cardíaca (IC), enfarte do miocárdio (EM) e mortalidade CV.

Entre os 89.530 participantes no estudo do biobanco do Reino Unido, a idade média foi de 62 anos e 56,4% eram mulheres. Os participantes enviaram dados de um acelerómetro triaxial usado no pulso que captou o movimento ao longo de sete dias. O tempo médio de sedentarismo por dia foi de 9,4 horas.

Após um seguimento médio de oito anos, 3.638 indivíduos (4,9%) desenvolveram FA incidente, 1.854 (2,1%) desenvolveram IC incidente, 1.610 (1,84%) desenvolveram IM incidente e 846 (0,94%) morreram de causas CV, respetivamente.

“As orientações futuras e os esforços de saúde pública devem enfatizar a importância de reduzir o tempo sedentário”, disse Khurshid. “Evitar mais de 10,6 horas por dia pode ser um objetivo mínimo realista para uma melhor saúde cardíaca”.

Eaton disse que substituir apenas 30 minutos de tempo excessivo sentado por dia por qualquer tipo de atividade física, pode reduzir os riscos para a saúde cardíaca. Adicionar atividade moderada a vigorosa reduziu o risco de IC em 15% e a mortalidade CV em 10%, e mesmo as atividades ligeiras fizeram a diferença ao reduzir o risco de IC em 6% e a mortalidade CV em 9%.

Se quer viver mais e com saúde, aconselho a não passar muito tempo sentado, a ser ativo (150 minutos de atividade física moderada) e a realização de exercício físico mínimo 3 vezes por semana. Mais um conselho, deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

A avaliação da composição corporal é importante na monitorização do progresso de um indivíduo ao longo do tempo.

A importância da avaliação precisa da composição corporal vai além da estética, tendo implicações significativas para a saúde geral, desempenho desportivo, e prevenção de doenças. Mesmo indivíduos com peso normal podem apresentar massa gorda excessiva, ou níveis de risco de gordura visceral. A mais nociva.

Através da avaliação da composição corporal conseguimos uma melhor e mais precisa compreensão do estado de saúde e da condição física do nosso cliente.

Exemplos:

  • É crucial avaliar os níveis de gordura visceral, dado o seu impacto no aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, e outras condições cardiometabólicas.
  • A monitorização da massa muscular é vital, especialmente em populações idosas, para prevenir a sarcopenia e suas consequências associadas, como quedas e fraturas
  • No contexto desportivo, a otimização da composição corporal pode contribuir para a melhoria do desempenho, redução do risco de lesões, e aceleração da recuperação pós-exercício.

A monitorização da composição corporal é fundamental em programas de perda de peso, ganho de massa muscular ou reabilitação, permitindo ajustar intervenções nutricionais e de treino de forma personalizada e eficaz

Para atletas e treinadores a monotorização da composição corporal é essencial para ajustar intervenções nutricionais e programas de treino de forma personalizada e eficaz.

Faça já a sua avaliação da composição corporal, e trace o seu plano de acordo com os seus objetivos.

Se optar por iniciar um programa de exercício físico deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

A demência e a influência que a atividade física e o exercício físico podem ter

Um novo estudo, intitulado “Associação do Contagem Diária de Passos e Intensidade com a Incidência de Demência publicado recentemente, acrescenta uma peça crucial ao quebra-cabeça da saúde cerebral, destacando a importância de algo tão simples quanto dar passos.

A demência é uma síndrome, não é uma doença, é uma condição devastadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, com um impacto significativo na qualidade de vida dos pessoas e dos seus familiares.

O estudo em questão analisou dados de mais de 78 mil adultos residentes no Reino Unido, com o objetivo de investigar a relação entre a contagem diária de passos, a intensidade da atividade física e o risco de desenvolver demência ao longo do tempo. Os resultados foram notáveis: indivíduos que tinham uma contagem diária de passos mais alta e se envolviam em atividades físicas de maior intensidade apresentavam um risco significativamente menor de desenvolver demência em comparação com aqueles que eram menos ativos.

Essas descobertas são consistentes com pesquisas anteriores que destacaram os benefícios da atividade física para a saúde cerebral. Acredita-se que o exercício regular possa proteger contra a demência de várias maneiras. Primeiramente, ele melhora a circulação sanguínea no cérebro, fornecendo nutrientes essenciais e eliminando toxinas prejudiciais. Além disso, o exercício pode reduzir a inflamação e o stress oxidativo, processos que estão implicados no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.

Um aspecto interessante deste estudo é que ele não apenas considerou a contagem total de passos, mas também a intensidade da atividade física. Isso destaca a importância de não apenas se mover, mas também de se mover com vigor. Atividades de alta intensidade, como corrida, hiits, etc., podem proporcionar benefícios adicionais à saúde cerebral, além de simplesmente caminhar.

A mensagem principal deste estudo é clara: adotar um estilo de vida ativo pode ser uma estratégia poderosa na prevenção da demência. Mesmo pequenas mudanças, como caminhar mais durante o dia ou aumentar a intensidade dos exercícios, podem ter um impacto significativo na saúde cerebral a longo prazo. Se optar por fazer exercício físico deve sempre treinar respeitando a individualidade e, de preferência, com a supervisão de um profissional credenciado.

 

TEM DORES LOMBARES?

Saiba que a prática de musculação pode reduzir até 72% o quadro de dor lombar crônica.

A dor lombar crônica afeta certa de 18% da população mundial. Existem muitas opções de tratamento com exercícios, mas poucas intervenções utilizaram treino de resistência com pesos livres.

Um estudo de Neil Walch (2015) avaliou os efeitos de um protocolo de musculação com pesos livres sobre a dor e a infiltração de gordura na lombar.

Os resultados mostraram uma redução significativa na dor (72%) e redução na infiltração de gordura na região L3L4 e L4L5, além de um aumento de 18% no tempo de isometria durante o teste de resistência de força da musculatura lombar.

Os autores concluíram que a musculação com pesos livres gerou melhorias significativas no quadro de dor lombar crônica e deve ser considerada no tratamento e prevenção dessa patologia.