“Será a sopa uma boa solução para emagrecer?”
“Hoje vou só comer uma sopa ao jantar pois ajuda a emagrecer, será a sopa uma boa solução para emagrecer?
“Será a sopa uma boa solução para emagrecer?” é uma pergunta frequente, especialmente quando se procura uma abordagem alimentar para perda de peso. No entanto, depender exclusivamente da sopa como estratégia de emagrecimento pode não ser eficaz.
Embora uma sopa quente e nutritiva seja reconfortante, ela por si só pode não ser suficiente para atender às necessidades diárias do corpo. A chave está em enriquecê-la com ingredientes que garantam um equilíbrio nutricional adequado. A verdade fundamental é que a perda de peso ocorre quando se consome menos calorias do que aquelas que o corpo gasta, o que é conhecido como déficit calórico.
A sopa, sem dúvida, tem seus benefícios, é uma maneira saudável de incorporar legumes e hidratação à dieta. No entanto, confiar apenas na sopa para alcançar seus objetivos de emagrecimento pode ser uma estratégia inadequada. Uma sopa composta apenas de legumes pode carecer da diversidade de nutrientes essenciais necessários para uma refeição completa e satisfatória.
Nutricionistas recomendam enriquecer a sopa com fontes de proteína, como carne magra, peixe, ovos ou leguminosas como grão-de-bico, feijão, lentilhas ou ervilhas. Esses ingredientes ajudam a garantir uma refeição mais equilibrada e saciante.
Uma sopa repleta de legumes pode não ser suficiente para manter a fome sob controle ao longo do tempo. É possível que isso leve a desejos e excessos, levando a escolhas alimentares menos saudáveis. Para evitar isso, é recomendável complementar a sopa com ingredientes ricos em proteína e fibra, que promovem a saciedade e mantêm os níveis de energia estáveis.
Portanto, enquanto a sopa pode ser uma parte valiosa de uma dieta saudável e equilibrada, contar exclusivamente com ela para emagrecer pode não ser a estratégia mais eficaz. A chave está em criar refeições nutritivas e satisfatórias que atendam às necessidades do corpo, garantindo um consumo calórico adequado e sustentável ao longo do tempo.
Nutrição VS Dores Musculares – Parte I
Será que a nutrição pode atenuar as dores musculares frequentes após os treinos?
Parte 1
Será a Proteína a Solução:
Suplementos proteicos são frequentemente consumidos por atletas e por indivíduos que praticam desporto de forma recreativa, embora a decisão de comprar e consumir suplementos proteicos seja frequentemente baseada em alegações de marketing ao invés de pesquisas baseadas em evidências.
Num estudo de Stefan M Pasiakos, et al. (2014),foi demonstrado que não há relação aparente entre a recuperação da função muscular e as classificações de dor muscular e marcadores substitutos de dano muscular quando os suplementos de proteína são consumidos antes, durante ou após uma sessão de exercícios de endurance ou resistência. No entanto, os efeitos benéficos, como redução da dor muscular e marcadores de dano muscular, tornam-se mais evidentes quando a proteína suplementar é consumida após as sessões diárias de treino.
Uma boa ingestão de proteína é fundamental na reconstrução e reparação do dano muscular, mas não tem um efeito muito visível no que diz respeito à dor propriamente dita.
Num próximo artigo vamos avaliar os seguintes alimentos: beterraba, romã, alimentos antioxidantes/anti-inflamatórios como citrinos, frutos vermelhos, couves, cenoura, pimentos, espinafres, batata-doce, abóbora, oleaginosas, e micronutrientes presentes nos alimentos como ácidos gordos ómega 3, creatina, entre outros.
Não percam o próximo artigo
Treina muito e não consegue aumentar a massa muscular?
As pessoas quando pensam em aumento de massa muscular, pensam sempre em treinar muito e com muita carga, e esquecem-se de uma parte muito importante, a alimentação e a nutrição. A proporção de nutrientes para uma dieta de aumento de massa muscular é de 50% de hidratos de carbono, 25% de proteína e 25% de gorduras. Em relação à ingestão calórica deve ingerir cerca de mais de 600 kcal do que as que necessita diariamente.
Em todas as refeições que fizer, deve ingerir proteína. A proteína é essencial para a construção muscular e o organismo necessita de proteína de 3 em 3 horas. Se nós não fornecermos proteína de 3 em 3 horas o nosso organismo vai adquirir a proteína ao nosso músculo, degradando a massa muscular para obter proteína. Nesse caso, em vez de ganharmos músculo estamos a perdê-lo.
Deve haver um aumento de ingestão calórica, mas isso não quer dizer que podemos comer o que quisermos. Temos que conseguir ingerir mais calorias do que as que necessitamos, mas devemos optar por opções saudáveis senão, em vez de aumentarmos a massa muscular aumentamos a gordura.
O pequeno-almoço e a alimentação após o treino são muito importantes. O pequeno-almoço, porque os nossos músculos estão sedentos de energia e nós precisamos de lhes fornecer essa energia através de hidratos de carbono de índice glicémico baixo e de elevada qualidade (aveia por exemplo). Devemos também ingerir proteína (por exemplo, ovo ou leite) e gorduras saudáveis (frutos secos ou sementes). Após o treino é essencial uma boa alimentação para que haja uma boa recuperação e para que a reconstrução muscular se dê da melhor forma.
Antes de treinar (cerca de 2 a 3 horas antes) deve realizar uma refeição rica em hidratos de carbono (para maximizar a manutenção de glicose no sangue), baixo teor de gordura e fibras (para minimizar o stress gastrointestinal) e com proteína. Cerca de 30 minutos antes de treinar deve ingerir um ligeiro snack de fácil digestão, com proteínas de fácil digestão e rápida absorção e hidratos de carbono com índice glicémico baixo.
Após o treino, deve ingerir uma refeição nos primeiros 30 minutos. Essa refeição é essencial para recuperar, repor o glicogénio muscular e para a reparação e construção muscular. Esta alimentação deve incluir líquidos, eletrólitos, hidratos de carbono e proteína. A melhor proteína que pode ingerir após o treino é a proteína de whey (soro de leite). A proporção ideal hidratos de carbono e proteína é de 3:1 (3g de hidratos de carbono, e 1g de proteína), pois várias pesquisas comprovam que este rácio duplica a resposta da insulina, o que resulta em mais glicogénio armazenado.
Não esquecer da hidratação que é muito importante e já foi falada num artigo da semana passada. “ Como a hidratação afeta a performance “
Como em qualquer tipo de treino, a alimentação/nutrição são a chave para resultados ótimos de aumento de massa muscular.
Lembre-se que para um bom treino, não é só necessário treinar bem, mas também alimentar-se e nutrir-se bem.
Texto de João Martins
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Alimentação Saudável versus Programas Nutricionais.
Normalmente os programas nutricionais são ricos em proteínas, e pobres em hidratos de carbono, ou ricos em gordura e pobres em proteína, ou seja, estamos sempre a ingerir demais de um macronutriente e a reduzir noutro. Os programas nutricionais também não costumam fornecer vitaminas e minerais suficientes (muitas vezes são dados suplementos vitamínicos para compensar essa falta), o que pode levar a problemas de saúde como anemia e osteoporose (principalmente devido à falta de vitamina D e cálcio).
Não existe uma dieta tipo, cada pessoa é uma pessoa, somos todos diferentes, com estilos de vida e hábitos diferentes e essas diferenças podem afetar a sustentabilidade e eficácia de uma dieta.
Uma alimentação saudável ajuda a controlar o apetite, melhora a qualidade de alimentos ingeridos, promove o exercício físico e aumenta a consciencialização nutricional.
Algumas dicas para ter uma alimentação saudável:
1) Foque-se na qualidade dos alimentos. Escolha alimentos da época. Com estes alimentos vai conseguir a maior parte dos nutrientes que precisa.
1) Ingira líquidos com poucas ou nenhumas calorias. Como por exemplo, agua, chás e café. Beber água melhora o sono e os níveis de energia: Beber água durante o dia aumenta a taxa metabólica em 30%
2) Evite beber bebidas lights e as bebidas alcoólicas.
3) Tome o pequeno-almoço. Estudos comprovam que tomar o pequeno-almoço acelera o metabolismo, enquanto não o tomar pode levá-lo a comer mais durante o resto do dia. Saiba mais
4) Faça exercício físico regular. O exercício físico regular é um benefício muito importante para a saúde de todos nós. Saiba Mais
5) Coma de três em três horas. Evita ficar com fome e ajuda a ter opções mais saudáveis.
6) Controle o seu apetite, não confunda fome com vontade de comer. Saiba mais
7) Coma em pratos mais pequenos. Um prato cheio dá sensação de saciedade, se comer num prato pequeno terá mais facilmente a sensação de que comeu o suficiente.
Não existe a melhor dieta de todas, existe a melhor dieta para si.
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Texto João Martins
Importância do pequeno almoço
Comece bem o dia, da próxima vez que sair de casa sem tomar o pequeno almoço pense duas vezes.
Estudos comprovam que tomar o pequeno almoço de manhã acelera o metabolismo, enquanto o contrário, pode levá-lo a comer mais durante o resto do dia. Um bom pequeno-almoço também melhora a concentração, o desempenho numa reunião, dá mais força e resistência para a prática do exercício físico, e ajuda a melhorar os níveis de colesterol.
Segundo um estudo publicado na American Dietetic Association, as crianças que tomaram pequeno almoço tiveram um melhor desempenho na sala de aula e no recreio, com uma melhor concentração, capacidade de resolver problemas, e coordenação motora
Dicas para um bom pequeno almoço :
Coloque sempre no pequeno almoço proteína. A proteína para além de saciar, diminuir a fome, demora mais tempo a ser digerida e o nosso organismo gasta mais energia para a digerir. A proteína do ovo é uma boa solução, de acordo com um estudo do Pennington Biomedical Research Center em Baton Rouge, Louisiana, mulheres com peso a mais que tomaram pequeno almoço com ovos perderam duas vezes mais peso do que as mulheres que começam seus dias com donuts.
Os cereais integrais (aveia, centeio, cevada, etc.) também são importantes para um bom pequeno almoço. Um estudo de Harvard feito com mais de 17.000 homens concluiu que aqueles que frequentemente comeram cereais ao pequeno almoço, pesavam menos do que aqueles que raramente ou nunca comiam cereais de manhã. Pode optar também por sementes, como por exemplo, semente de chia, linhaça (em pó), sésamo, etc. .
Alguns exemplos de uma pequeno almoço saudável e equilibrado:
- Uma omelete vegetariana, e uma fatia de pão de trigo integral.
- Cereais integrais com frutas frescas e leite com baixo teor de gordura
- Iogurte desnatado e uma peça de fruta fresca
- Ovo cozido e uma banana
Uma alimentação saudável pode dar-lhe energia, e satisfazer o seu apetite.
Texto de João Martins
FONTE:,Journal of the American Dietetic Association n, 2007