Devem os treinos deixar-nos de rastos

Durante um treino os nossos músculos rompem, o nosso coração e pulmões são desafiados. Após o treino, com descanso adequado e uma boa nutrição, os nossos músculos, coração e pulmões restabelecem-se e crescem mais fortes. Isto é o que deve acontecer após um treino. Se treinou e no dia a seguir o corpo não dói, isso não significa que não fez nada, há muitos progressos neurológicos que acontecem após um treino, e mesmo que o treino pareça pouco desafiante o seu corpo continua a criar adaptações.

Nem todos os treinos têm que ser com intensidade máxima (principalmente no início de um programa de treinos). É necessário criar adaptações, e devemos começar por exercícios básicos, tentar equilibrar o corpo e só depois avançar para exercícios mais intensos e mais complexos. Começar devagar, não significa menos progressos significa, sim, criar um programa de treino ideal para o seu corpo, de forma a equilibrar o seu corpo para não ter prejuízos no futuro.

Confie no seu corpo, saiba ler os sinais que o seu corpo lhe dá, e vá adicionando exercícios de intensidade de forma gradual e lenta.

Os treinos de alta intensidade são bons e têm um ótimo retorno para o seu corpo, mas não deve constantemente levar o seu corpo à exaustão (principalmente se está a iniciar um programa de treino). O corpo precisa de tempo para recuperar, se se está sentindo muito cansado ou stressado, opte por um treino mais calmo, com pouca intensidade e muita mobilidade.

O mais importante num treino, ou num programa de treino é respeitar as etapas, evoluir devagar de forma gradual para não comprometermos os nossos objetivos e o nosso corpo.

A dor faz parte do processo do treino, mas devemos saber respeitá-la. Bons treinos.

Texto João Martins

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Sabia que …

O Stress no trabalho tem malefícios idênticos ao fumo do tabaco.

Um estudo publicado na Medical News Today, realizado pelas universidades de Harvard e Stanford, demonstrou que o stress no trabalho pode fazer tão mal à saúde quanto a exposição ao fumo do cigarro.

Os investigadores das universidades Harvard e Stanford descobriram que pessoas com altas responsabilidades no trabalho tinham mais 35% de risco de ter uma doença. Além disso, o estudo demostrou também que trabalhar muitas horas seguidas aumenta o risco de morte em quase 20%. Ainda de acordo com o mesmo relatório, o medo de perder o emprego aumentou em 50% a probabilidade de morte prematura. Taxas semelhantes são encontradas no caso de pessoas que são expostas de forma passiva ao cigarro.

Os autores esperam que o estudo ajude as empresas a refletirem sobre o modo como administram as exigências que fazem aos empregados, já que o trabalho pesado e horas extras podem atrapalhar, mais do que aumentar, a produtividade.

Texto João Martins

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Mitos populares em que não deves acreditar

Quando se fala de exercício físico há muita informação na internet e muita dessa informação contradiz-se uma à outra. É um dos grandes problemas da internet, ela diz aquilo que as pessoas querem ouvir (neste caso ler). Apesar das várias dicas de exercício que existem, nem todas são incorretas, o difícil é filtrar essa informação. Para ajudar a filtrar alguma dessa informação decidi escrever este artigo onde tento desmistificar alguns dos mitos populares em relação ao exercício.

Os mitos :

Treino com pesos aumenta o volume.O treino com pesos é uma componente importante num plano de treino, independentemente do sexo. O treino com pesos vai ajudá-lo a gastar mais calorias durante o dia e a manter o seu metabolismo acelerado, devido ao aumento de massa muscular. Só irá aumentar muito o volume muscular se estiver a comer um número excessivo de calorias diárias e se tiver levantando pesos muito pesados. Se não estiver a fazer isso, não precisa de se preocupar com o aumento do volume muscular.

Pesar-se todos os dias para medir a sua evolução.O peso corporal pode variar muito devido ao seu nível de hidratação, ingestão de sal etc.. Além disso o peso não indica se o aumento ou diminuição de peso está relacionado com o aumento de gordura, massa muscular, perda de água, etc. O próprio peso pode oscilar consoante a hora do dia a que se pesa, ciclo menstrual, etc. Preocupe-se mais em saber se se sente melhor, se está mais forte ou mais energético.

Não treine só uma parte do corpo.Mesmo que só queira trabalhar uma parte do corpo, pois é essa que não gosta tanto, ou essa é uma “área problemática”, precisa de trabalhar o corpo todo na mesma. A melhor forma de o conseguir é combinar de uma forma consistente exercícios cardiovasculares, com exercícios de musculação, exercícios com pesos e exercícios com o peso do corpo.

Como bem, não preciso de fazer exercício.Os benefícios do exercício físico vão bem mais longe do que a aparência física. Realizar exercício físico diário mantém a mente saudável, estimula o seu cérebro, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e diabetes. Comer de forma saudável e fazer exercício físico são o melhor remédio para prevenir doenças.

É preciso treinar no mínimo 1 hora no ginásio para obter resultados.Não há razão para evitar o ginásio se apenas tem 30m para treinar. Use esses 30 m minutos para fazer um treino de alta intensidade que inclua cardio e exercícios musculares. Um treino desse tipo várias vezes por semana pode ser mais eficaz do que um treino semanal de uma hora.

É preciso treinar de estômago vazio para perder gordura.Ao contrário da crença popular, não é necessário treinar de estômago vazio. Vários estudos já demonstraram que se queima a mesma quantidade de gordura, treinando de estômago vazio ou com comida no estômago. Treinar com alguma energia no estômago faz como que os músculos tenham mais energia durante o treino.

Esqueça os mitos, ou as crenças populares, lembre-se que mais vale pouco e bem, e quanto mais variado o exercício, melhor.

Texto João Martins

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Sabia que

Comer peixes e vegetais aumenta expectativa de vida

Uma pesquisa realizada na Suécia e publicada na Revista Científica Circulation mostrou que os idosos com níveis mais altos de gorduras polinsaturadas provenientes de peixes e vegetais no sangue, eram significativamente menos propensos a morrer de doença cardíaca ou qualquer outra causa do que aqueles com níveis mais baixos.

As orientações alimentares atuais recomendam que a ingestão de gorduras corresponda a, no máximo, 20% a 35% das calorias diárias de uma pessoa. Sendo que a maior parte destas deve vir de gorduras boas, como as polinsaturadase monoinsaturadas, que promovem níveis saudáveis de colesterol.

Estas gorduras são encontradas principalmente em peixes como salmão, truta e arenque, e em produtos vegetais como abacate, azeitonas, nozes e nos óleos de soja, milho, cártamo, canola, azeitona e girassol.

Texto de João Martins

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Sabia Que…

Níveis de aptidão física baixa e valores altos de gordura corporal em crianças podem levar a artérias rígidas, primeiro sinal de doença cardíaca.

Um estudo realizado pelo Instituto de Biomedicina da Universidade do Leste da Finlândia, a Atividade Física e Nutrição no Estudo «Crianças», mostrou que baixos níveis de atividade física, aptidão física mais fraca e maior gordura corporal estão associados aos primeiros sinais de doença cardiovascular.

De facto, o estudo mostrou que as crianças com fraca aptidão física, em conjunto com uma percentagem de gordura corporal elevada ou baixos níveis de atividade física, também tinham as artérias mais rígidas. Em comparação, as crianças que estavam mais ativas fisicamente ou que tiveram a melhor aptidão física tinham as artérias mais flexíveis e melhor capacidade de dilatação arterial. Em geral, a pesquisa aponta para o facto de que uma intervenção no estilo de vida na infância poder reduzir o risco de doenças cardiovasculares mais tarde na vida de adulto. Além disso, o estudo destacou que a maior aptidão física de uma criança, melhora a sua saúde arterial. Isto sugere que incentivar as crianças a praticar exercícios de alta intensidade, seja em eventos desportivos organizados, ou durante atividades de lazer, pode ser benéfico para a saúde arterial do jovem.

Este estudo foi publicado no Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports.

Texto de João Martins

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Agachamento total, sim ou não?

O agachamento é um dos exercícios mais completos que podemos fazer. O agachamento envolve todos os músculos dos membros inferiores (quadricípite, posteriores, glúteos, gémeos, isquiotibiais, etc.), além dos ombros e costas. Num agachamento perfeito há uma coordenação muscular enorme de todo o corpo.

Mas há sempre uma grande dúvida, devo fazer o agachamento até abaixo, ou devo-me ficar pelos 90º? Os joelhos podem ou não passar à frente dos pés?

Será o agachamento total mau?Contrariamente à crença popular, o agachamento total não é mau para joelhos. Estudos descobriram que não há diferença entre agachamento parcial, ou total em termos de impacto sobre a articulação do joelho, Na realidade agachamentos totais podem aumentar a estabilidade do joelho. Estudos demonstram que quanto mais baixo você se agachar, menos pressão existe no interior dos joelhos. O estudo também demonstrou que os agachamentos a 90º com carga são menos eficazes no aumento de força do que os agachamentos totais com pesos mais leves. O mesmo estudo comprova que o glúteo superior é 25% mais ativado nos agachamentos totais do que o agachamento de 90º

Como fazer o agachamento total.

É importante dizer que nem todas as pessoas têm a capacidade física para o executar, por isso se quiser adicionar o agachamento total ao seu treino deve fazê-lo de forma equilibrada e progressiva.

Em primeiro lugar se já tem o hábito de fazer agachamentos, faça-os mas tente sempre ir descendo mais um pouco diminuindo gradualmente o ângulo da articulação do joelho.

Caso esteja a iniciar, deve manter os pés sempre bem apoiados no chão, manter as costas direitas e não inclinadas para a frente, mas em nenhum momento devemos evitar o movimento natural da coluna. Os calcanhares não devem levantar, isso pode ser sinal que tem os pés muito próximos. Depois descer lentamente de forma estável e equilibrada. Se sentir muita instabilidade, falta de força ou pouca flexibilidade para executar o movimento total, deve fazer o agachamento apenas até onde consegue manter o equilíbrio e estabilidade muscular. E vai aumentando gradualmente, treino a treino a amplitude da articulação do joelho.

Em relação ao avanço dos joelhos à frente dos pés, não deve evitar completamente o avanço pois é uma compensação natural que ocorre com a finalidade de equilibrar o centro de gravidade e, ao evitá-lo pode haver um desequilíbrio que é compensando com o aumento da curvatura da coluna. Claro que se deve ter em atenção exageros e alterações posturais potencialmente perigosas, mas sempre tendo em mente que um pequeno avanço dos joelhos em relação aos pés é uma ocorrência natural nesse movimento.

Os agachamentos totais são melhores que os parciais, e têm mais ganhos ao nível de força. Se não os faz, está na altura de os adicionar ao seu treino.

Texto de João Martins

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