DIETA VEGAN VS DIETA OMNIVORA EM ATLETAS

Uma “Dieta Vegan” em Atletas necessita de mais cuidados do que uma “Dieta Omnívora” em Atletas?

Em geral, as dietas vegan tendem a ter menos calorias, proteínas, gordura, vitamina B12, gorduras n-3, cálcio e iodo do que dietas onívoras, embora sendo simultaneamente maior em carboidratos, fibras, micronutrientes, fitoquímicos e antioxidantes. Alcançar uma alta ingestão de energia é difícil em alguns casos, devido aos alimentos vegetais promoverem a saciedade. Problemas como a digestibilidade e absorção de nutrientes como proteínas, cálcio, ferro e zinco podem ser um problema também, o que significa que os atletas podem precisar consumir maiores quantidades desses alimentos em comparação com onívoros e outros vegetarianos. No entanto, através da seleção estratégica e gestão de escolhas alimentares, e com atenção especial para a conquista de recomendações de energia, macro e micronutrientes, junto com a suplementação adequada, uma dieta vegan pode alcançar as necessidades da maioria dos atletas de forma satisfatória. A suplementação com creatina e β-alanina pode oferecer efeitos de melhoria de desempenho aumentados em veganos, que experimentam baixos níveis pré-existentes dessas substâncias, e mais pesquisas são necessárias para investigar os efeitos de melhoria de desempenho dessas substâncias em populações veganas. Para alguns, uma dieta vegan é a manifestação de crenças éticas importantes e requer diligência para mantê-la.

Independentemente das crenças ou da opção pelo tipo de dieta temos que ter atenção sempre as escolhas alimentares, no caso dos Vegan Atletas, a suplementação é essencial, a ingestão calórica é uma das grandes dificuldades bem como a digestibilidade e absorção de nutrientes. É impossível atingir grandes resultados com dietas vegan, não, mas é preciso ser muito disciplinado na gestão da sua nutrição e alimentação caso contrário, a saúde e o desempenho podem ser prejudicados a longo prazo.

Publicado por Rogerson JISSN 2017

Flexão versus Supino

FLEXÃO LIVRE OU SUPINO, QUAL DELES TEM MAIS GANHOS DE MASSA MUSCULAR OU FORÇA?

Dois estudos distintos com o exercício flexões e supino reto (mesma carga relativa) ambos comprovam com resultados, que os ganhos de massa muscular no tricípites e no peitoral foram similares para os dois grupos, bem como os ganhos de força.

No estudo de Naoki Kikuchi et, al (2017) “O exercício de flexão com carga semelhante ao exercício supino com 40% de 1RM foi comparativamente eficaz para hipertrofia muscular e ganho de força num período de treino de 8 semanas. Nem no desempenho da potência, nem da capacidade de resistência muscular houve alterações significativas nos dois grupos.

Noutro estudo de Joaquin Calatayud et, al (2015), “ quando os valores EMG são comparáveis e as mesmas condições são reproduzidas, os exercícios citados podem proporcionar ganhos de força muscular semelhantes.

Os estudos demonstram que treinos sem carga, com cargas leves ou com elásticos produzem resultados similares a treinos tradicionais de musculação. Os músculos não sabem se você está a fazer o movimento numa máquina, usando o seu corpo, ou outro material.

Bons treinos e lembrem-se que o mais importante é fazer exercício físico de forma correta, com supervisão.

IMC VERSUS MASSA GORDA E MASSA MUSCULAR

SERÁ QUE DEVEMOS DESCUIDAR OS VALORES DO IMC, INDEPENDENTEMENTE DOS “BONS” VALORES DE GORDURA E MASSA MAGRA?

Vários estudos demonstram que o IMC é tão importante como os níveis de massa magra e massa gorda.

No estudo de Benjamin H Colpitts et, al. 2020, manter um IMC abaixo de 30 kg / m2 parece ser clinicamente relevante, independentemente dos níveis de massa magra.

Outro estudo de Francisco B Ortega et, al 2016, afirma que o “Índice de massa corporal, é uma medida padrão de critério da gordura corporal total o que é um indicador melhor da mortalidade por doenças cardiovasculares”

Quem tiver um IMC acima de 30, independentemente de elevados níveis de massa magra mantem o risco cardio metabólico. Então, manter um IMC abaixo de 30 kg / m2 parece ser clinicamente relevante, independentemente dos níveis de massa magra.

Analisando estes estudos é importante deixar a mensagem que o IMC é importante como critério de análise de aumento de peso, ou seja, massa muscular e gordura são valores importantes sim, mas não devemos deixar de analisar o IMC e a sua escala.

Sabia que …

Fazer exercício físico retarda o envelhecimento

Um estudo americano realizado por investigadores das Universidades do Mississipi e da Califórnia mostrou que a prática de atividade física reduz a deterioração celular.

O estudo comprovou que a prática de atividade física (em qualquer quantidade) retarda a diminuição do comprimento dos telômeros. Os telômetros são pequenas cápsulas encontradas no final de cadeias de DNA que o protegem contra possíveis danos causados pela divisão e replicação celular. À medida que as células envelhecem os telômeros naturalmente encurtam e desgastam-se.

Também é importante acautelar que o desgaste destas estruturas pode ser acelerado por fatores como obesidade, tabagismo, insônia, diabetes e outros aspetos relacionados com o estilo de vida. As informações são do jornal americano The New York Times.

Para surpresa dos investigadores, a associação entre a prática de atividade física e o tamanho dos telômeros foi mais forte entre as pessoas com idades entre os 40 e os 65 anos. Segundo eles, essa descoberta sugere que a meia-idade pode ser um momento chave para iniciar ou manter um programa de exercícios para afastar os telômeros de encolhimento.

Texto de João Martins

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Sabia que …

A espectativa de vida global aumentou, mas a saúde e a qualidade de vida estão em declínio.

Uma investigação publicada recentemente no periódico científico Lancet mostrou que, apesar de todos os avanços da ciência, da medicina e da tecnologia, a qualidade de vida do ser humano continua baixa. Este estudo teve duração de 23 anos e foi feito em 188 países, e mostrou que enquanto a expectativa de vida aumentou seis anos desde 1990, a saúde e a qualidade de vida estão em declínio.

E poquê? Porque de acordo com o estudo, a maioria das pessoas que vive nos países com as maiores expectativas de vida está passando esses anos adicionais de vida doente ou hospitalizada. De acordo com os autores, as principais causas que contribuem com o maior grau de perda de saúde são doenças cardiovasculares, infeções respiratórias e problemas psiquiátricos, como depressão. Segundo eles, todas estas doenças poderiam ser prevenidas com a adoção de um estilo de vida mais saudável.

Nos países com as maiores expectativas de vida ocorre uma maior prática de atividade física, além da ingestão de alimentos frescos e cultivados localmente. As pessoas que vivem nestes locais também têm o hábito de andar a pé quando precisam ir a algum lugar, praticam jardinagem e voluntariado e cuidam de membros da família. A vida é vivida a um ritmo muito mais lento e as conexões familiares e comunitárias são muito mais fortes do que em outras partes do mundo.

Já os lugares com expectativas de vida mais baixas são marcados pela predominância de empregos sedentários, isolamento social, disparidades socioeconómicas, stress crónico, dietas ricas em alimentos processados e de baixo valor nutricional e vida sedentária.

Texto de João Martins

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Sabia que

A música estimula o desempenho da atividade física

Ouvir música durante a atividade física liberta substâncias químicas no cérebro que ajudam a reduzir a dor e a sensação de cansaço do exercício e, por consequência, aumenta o desempenho. É o que revela um artigo publicado no jornal The Independent.

Uma das explicações vem de Robin Dunbar, professor de psicologia de Oxford, estudioso do assunto: “Quando ouvimos música o cérebro liberta analgésicos naturais que agem no corpo, como a morfina. E, se interagirmos com a música, seja cantando ou dançando, a libertação destes compostos é ainda maior.” Mais: quando a música é escolhida estrategicamente para determinado treino, o exercício torna-se mais fácil.

Já sabe, se quiser melhorar o seu desempenho no treino, crie uma boa playlist, leve para o ginásio e liberte-se.

Texto de João Martins